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domingo, 27 de dezembro de 2009

A luta pela fé

  Tenho recebido email de organizações cristãs, que noticiam a perseguição de Cristãos na China comunista. Sob a alegação de controle da ordem pública, autoridades locais destroem igrejas, invadem residências e prendem indiscriminadamente qualquer pessoa que promova culto ou simplesmente que declare sua fé Cristã.
  Líderes Cristãos são perseguidos, presos e condenados de forma arbitrária e ilegal, uma vez que a própria Constituição Chinesa, ao menos em tese, assegura a liberdade religiosa como expressa o artigo 36 da constituição daquele país.

  Constituição da República Popular da China, artigo 36: “Nenhum órgão do governo, organização pública ou indivíduo pode obrigar os cidadãos a acreditar, ou não acreditar, em qualquer religião nem podem discriminar contra cidadãos que acreditam, ou não acreditam, em qualquer religião”.

  No fim do mês passado, a China condenou cinco religiosos protestantes a penas de 3 a 7 anos de prisão, em uma das mais duras decisões em casos do tipo. O grupo liderava uma igreja que reunia 60 mil seguidores na Província de Shanxi, no norte da China.

  Como várias que existem no país, a igreja não era registrada no Departamento de Assuntos Religiosos do governo, responsável pela supervisão de temas relacionados à fé. Sua função é garantir que as igrejas respeitem o Partido Comunista e não tentem desafiar sua autoridade. Não por acaso, os grupos registrados recebem o nome de "patrióticos", pela promessa de fidelidade ao Estado antes da religião.

  O advogado Li Fanping, que defendeu os cinco protestantes condenados no mês passado, acredita que o principal alvo do governo são as igrejas familiares, compostas por pequenos grupos que se reúnem em casas.

  "As igrejas familiares estão entre as forças não-governamentais de maior crescimento do país. Esse grupo está fora do controle do governo e, na China, as autoridades são hostis aos movimentos que fogem ao controle oficial, porque são vistos como uma ameaça ao regime e à estabilidade social", disse Li Fanping, cristão desde 1997.

  O governo também vê com suspeita o trabalho de missionários estrangeiros, associados ao colonialismo de que a China foi vítima a partir de meados do século 19. Inúmeros pregadores católicos e protestantes entraram no país sob a proteção das forças invasoras para converter os chineses ao cristianismo. Hoje, a atuação de missionários estrangeiros é proibida pelo governo, mas muitos agem de forma clandestina.

   Diante da intolerancia religiosa por parte do governo chinês, o cristianismo continua resistindo e vem crescendo o número de Cristãos na China para a glória de Jesus.
   Todas as quintas-feiras, às 9 horas, a chinesa Cao Guan Lan recebe em seu apartamento em Pequim cerca de 60 pessoas munidas de Bíblias. Nas duas horas seguintes, elas escutam a pregação de um pastor ou outro fiel, cantam juntas e rezam orações pontuadas com fervorosas exclamações de "amém!". O grupo integra uma das milhares de "igrejas familiares" que surgiram na China nas últimas duas décadas e transformaram o protestantismo na religião de mais rápido crescimento no país governado pelo ateu Partido Comunista.
    Só no bairro no noroeste de Pequim, onde Cao vive, há cerca de 50 igrejas familiares que contam com a chancela do governo para funcionar. Há um incontável número de "não-oficiais", cujos fiéis estão sujeitos à perseguição do Estado, que se intensificou nos últimos meses.
    O caráter clandestino de muitos grupos torna difícil estimar o número de cristãos na China, mas entidades independentes apontam para uma cifra bem superior aos 10 milhões de protestantes e 4 milhões de católicos reconhecidos pelo governo. Segundo números oficiais, apenas 100 milhões do 1,3 bilhão de chineses professam alguma fé.
 Pesquisa realizada em 2007 pela East China Normal University indicou que 31,4% da população têm religião - o que representa 400 milhões de pessoas. O protestantismo é seguido por 40 milhões e o catolicismo, 14 milhões, afirma o levantamento - o que dá um total de 54 milhões de cristãos. A entidade World Christian Database sustenta que o número é de 111 milhões, o que colocaria a nação comunista entre os países de maiores populações cristãs do mundo. O Brasil ocupa o segundo lugar, após os Estados Unidos, com 140 milhões. Se a cifra for precisa, significa que há mais cristãos na China do que membros do Partido Comunista, que tem 76 milhões de filiados.
   O protestantismo é a vertente do cristianismo que mais floresce na China por causa de seu caráter não-hierárquico e popular - qualquer um pode pregar o Evangelho e vários chineses abraçaram essa possibilidade com fervor. A grande maioria dos protestantes não é vinculada a nenhuma das denominações tradicionais, como Batista ou Presbiteriana, e se integra a pequenos grupos que surgem de modo independente.
   Outro símbolo do rápido crescimento do protestantismo na China é a Igreja cristã de Haidian, o bairro universitário de Pequim. Todos os domingos, de 6 mil a 7 mil pessoas comparecem aos seis cultos realizados no local. Há oito anos, o número de fiéis não passava de 800 e havia apenas dois serviços, lembra o pastor Wu Weiqing, responsável pela congregação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

  Oremos pelos nossos irmãos que embora sofram na pele as consequências de expressar a sua fé em Cristo, continuam íntegros em sua missão que é o de anunciar o evangelho de Cristo.

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